quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Lawrence Ferlinghetti, que morreu na noite de segunda-feira, aos 101 anos


“Eu fui
 mais o último dos boêmios que o primeiro dos beats.” Era assim que o poeta e editor americano Lawrence Ferlinghetti, que morreu na noite de segunda-feira, aos 101 anos, gostava de se definir. Não era um beat, mas foi de importância crucial para o movimento. Em 1956, a City Lights Booksellers & Publishers, sua editora/livraria, publicou Howl (Uivo), do guru beatnik Allen Ginsberg. O tom revolucionário, provocador e irreverente da obra fez com que Ferlinghetti fosse preso e processado por “publicar textos indecentes”, acusação da qual foi absolvido. Ele mesmo era polêmico. Em 1958, seu poema Sometime During Eternity (Em Algum Momento Durante a Eternidade) foi acusado de blasfêmia. O que não impediu (ou até estimulou) que o livro onde estava incluído, A Coney Island of the Mind, tenha se tornado o livro de poesias mais vendido da História dos EUA. A morte de Ferlinghetti por problemas pulmonares encerra uma era, mas a arte dele ainda vai inspirar gerações. (New York Times)

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