terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Thiago de Mello, morreu na sexta-feira, aos 95 anos.

 


“Fica decretado
que os homens estão livres do jugo da mentira.” No tempo das notícias falsas fica ainda mais pungente o “Artigo V” do poema Os Estatutos do Homem, escrito em 1964 pelo poeta amazonense Thiago de Mello, que morreu na sexta-feira, aos 95 anos. Uma resposta ao Ato Institucional número 1 da ditadura militar, o poema ressalta o amor pela liberdade e o lirismo de seu autor, nascido em 1926 na cidade ribeirinha de Barreirinha. Diplomata, era adido cultural no Chile quando o golpe brasileiro interrompeu-lhe a carreia. Passou anos no exílio, sem jamais abandonar o amor pelo Brasil e pela Amazônia. (Folha)

Para ler com calma. Em novembro de 1965, o ditador Castello Branco chegava para uma cerimônia no Rio, quando foi recebido por uma vaia. A polícia correu atrás do grupo, conta Bernardo Mello Franco, e prendeu oito deles, todos da nata da intelectualidade. Um escapou, mas entregou-se à polícia em solidariedade aos amigos. Assim era Thiago de Mello. (Globo)

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