quinta-feira, 16 de abril de 2020

Adeus Rubem Fonseca

O escritor José Rubem Fonseca morreu na tarde de ontem, aos 94 anos. Ele sofreu um infarto no horário do almoço e foi levado às pressas para o Hospital Samaritano, Zona Sul do Rio. O escritor faria 95 anos em maio. Considerado um dos pioneiros do gênero policial no Brasil, Fonseca foi autor de livros marcantes como AgostoFeliz Ano Novo, Caso Morel e Bufo & Spallanzani.


Trecho, Calibre 22: “Não gosto de matar barata, nem piolho, nem seres humanos. Não mato por ódio, ciúme, inveja, medo, casos em que o matador é também vítima desse sentimento, ou, se preferem, dessa percepção, ou noção, ou senso, ou consciência. Não conheço as pessoas que eu empacoto. Nada sinto por elas, mas tenho meus princípios”. (Amazon).

Rubem venceu, em 2003, o Prêmio Camões, o mais prestigiado da literatura em língua portuguesa. Suas obras foram adaptadas para cinema e televisão. Carioca desde os oito anos, nasceu em Juiz de Fora, em 11 de maio de 1925. Leitor precoce porém atípico, descobriu a literatura devorando autores de romances de aventura e policiais de variada categoria: de Rafael Sabatini a Edgar Allan Poe, passando por Emilio Salgari, Michel Zévaco, Ponson du Terrail, Karl May, Julio Verne e Edgar Wallace. Era ainda adolescente quando se aproximou dos primeiros clássicos (Homero, Virgílio, Dante, Shakespeare, Cervantes) e dos primeiros modernos (Dostoiévski, Maupassant, Proust). Nunca deixou de ser um leitor voraz e ecumênico, sobretudo da literatura americana, sua mais visível influência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário