Francis Bacon e a fundamentação da ciência como tecnologia
Francis Bacon e a fundamentação da ciência como tecnologia
de Bernardo Jefferson de Oliveira
Coleção: Humanitas
284 p.
Durante muito tempo a ciência foi pensada como um conhecimento meramente teórico, desvinculado dos afazeres práticos, e a técnica foi tratada como um tipo de conhecimento inferior. No entanto, hoje em dia, quando se fala em ciência, é difícil dissociá-la da tecnologia. De onde vem essa aproximação? A história de suas relações é bastante polêmica. Este livro analisa a obra do filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626) como um discurso inaugural sobre a convergência entre o conhecimento técnico e a ciência.
Francis Bacon, também referido como Bacon de Verulâmio (Londres, 22 de Janeiro de 1561 — Londres, 9 de Abril de 1626) foi um político, filósofo e ensaísta inglês, barão de Verulam (ou Verulamo ou ainda Verulâmio), visconde de Saint Alban. É considerado como o fundador da ciência moderna. Desde cedo, sua educação orientou-o para a vida política, na qual exerceu posições elevadas. Em 1584 foi eleito para a câmara dos comuns. Sucessivamente, durante o reinado de Jaime I, desempenhou as funções de procurador-geral (1607), fiscal-geral (1613), guarda do selo (1617) e grande chanceler (1618). Neste mesmo ano, foi nomeado barão de Verulam e em 1621, barão de Saint Alban. Também em 1621, Bacon foi acusado de corrupção. Condenado ao pagamento de pesada multa, foi também proibido de exercer cargos públicos. Como filósofo, destacou-se com uma obra onde a ciência era exaltada como benéfica para o homem. Em suas investigações, ocupou-se especialmente da metodologia científica e do empirismo, sendo muitas vezes chamado de "fundador da ciência moderna". Sua principal obra filosófica é o Novum Organum. Francis Bacon foi um dos mais conhecidos e influentes rosacruzes e também um alquimista, tendo ocupado o posto mais elevado da Ordem Rosacruz, o de Imperator. Estudiosos apontam como sendo o real autor dos famosos manifestos rosacruzes, Fama Fraternitatis (1614), Confessio Fraternitatis (1615) e Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz (1616).
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