A FTC, agência reguladora americana responsável por garantir o livre mercado, abriu processo contra o Facebook por práticas anticompetitivas. Pede, na Justiça, que WhatsApp e Instagram sejam restabelecidas como empresas separadas e concorrentes. Simultaneamente, um processo similar foi aberto por 48 dos 50 estados americanos — argumentam o mesmo, só param no limite de pedir a quebra da companhia. “Eles bloquearam a inovação e degradaram a privacidade de milhões de americanos”, argumentou a procuradora-geral de Nova York, Letitia James. “Nenhuma empresa deveria ter tanto poder sobre nossa informação pessoal e interações sociais.” (Recode)O Facebook também é acusado de impor condições anticompetitivas a desenvolvedores de softwares. Um exemplo citado no processo é o aplicativo de vídeos curtos Vine, lançado em 2013 pelo Twitter. Ao percebê-lo como ameaça, a empresa de Mark Zuckerberg cortou o acesso do app a seus usuários. “As ações do Facebook para consolidar e manter seu monopólio negam aos consumidores os benefícios da concorrência. Nosso objetivo é reverter a conduta anticompetitiva e restaurar a competição, para que a inovação e a livre concorrência possam prosperar”. (Estadão) O Face responde que a FTC quer fazer história revisionista. Afinal, foi a própria agência que autorizou a aquisição de Instagram e WhatsApp. (Verge) Pois é… O processo contra o Facebook vai além do aberto contra o Google pelo Departamento de Justiça há dois meses. Naquele caso, os promotores acusaram a gigante das buscas de proteger ilegalmente um monopólio, mas não exigiram que os seus negócios fossem separados. Enquanto o caso do Facebook pode abrir precedentes pra que inúmeras operações de fusão feitas pelas big techs nos últimos anos sejam revertidas. O Google ainda espera pelo menos mais um processo do governo americano até o final do ano. E na Europa, os reguladores já estão propondo leis mais rígidas contra as empresas. (New York Times) |
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