Morreu na noite de ontem Gilberto Braga, um dos mais importantes autores de novelas da história da TV brasileira. Ele tinha 75 anos, sofria de Alzheimer e teve uma infecção generalizada. O roteirista nasceu no Rio de Janeiro e foi crítico teatral antes de migrar para a TV. Seu primeiro trabalho na telinha foi em 1972, ao adaptar o romance A Dama das Camélias para o Caso Especial, da TV Globo. Dois anos depois debutou nas novelas, escrevendo Corrida do Ouro com Janete Clair e Lauro César Muniz. Em 1976, conquistou o Brasil e depois o mundo com Escrava Isaura. Mas sua consagração aconteceu ao assinar sua primeira novela no horário nobre, em 1978. Dancing Days revolucionou o gênero, popularizou a disco music no Brasil, elevou Sônia Braga a diva e mostrou que Gilberto, aos 32 anos, era um gênio da teledramaturgia. Também escreveu minisséries memoráveis, como Anos Dourados e Anos Rebeldes, mas a novela era seu território. Criou tipos antológicos, com destaque para a arquivilã Odete Roitman, vivida por Beatriz Segall em Vale Tudo. Uma de suas histórias, Paraíso Tropical, de 2008, recebeu o prêmio Emmy de Melhor Novela. Gilberto deixa o marido, o designer de interiores Edgar Moura Brasil, uma legião de fãs inconsoláveis e um vazio na cultura brasileira. (Globo)
Durante a madrugada, artistas usaram as redes sociais para homenagear Gilberto. Uma das mais emocionadas foi Zezé Motta, que tuitou: “Graças ao Gilberto Braga pude viver a Sônia em Corpo a Corpo. Em 1984, graças a ele falamos de racismo em horário nobre.” (CNN Brasil)
A galeria dos vilões memoráveis de Gilberto Braga vai muito além de Odete Roitman, relembre alguns deles. (Folha)
“Gosto de heróis, mas talvez eu escreva melhor vilões”, admitiu ao falar de seus personagens. (Memória Globo)
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