“I like to be in America.” Até quem detesta musicais ou nunca ouviu falar da peça West Side Story (1957) ou do filme homônimo de 1961 reconhece o primeiro verso da canção America (YouTube). É um tributo ao gênio do letrista e compositor americano Stephen Sondheim, que morreu
na última sexta, aos 91 anos. A revolução que provocou no teatro (e,
por tabela, no cinema) musical americano não se limitou à adaptação para
a Nova York do fim dos anos 1950 de Romeu e Julieta, feita em pareceria com outro gigante, Leonard Bernstein (1918-1990). Em 1979, Sondheim levou à Broadway Sweeney Todd,
a história de um barbeiro assassino na Londres vitoriana, mostrando que
não havia temas sensíveis demais para sua criatividade. Pode não ter
sido o autor de musicais mais popular, mas foi o mais reconhecido: oito
prêmios Tony, o mais importante do teatro americano, oito Grammys, um
Pulitzer e até um Oscar, pela canção Sooner or Later (YouTube), interpretada por Madonna em Dick Tracy (1991). (Folha)
Para ler com calma: “Estou velho demais para viajar muito, lamento dizer. O que mais deveria fazer com meu tempo além de escrever?”, indagou Sondheim em sua última entrevista, apenas cinco dias antes de morrer. E ele falava sério. Estava trabalhando em Square One, uma adaptação para os palcos de dois filmes do espanhol Luis Buñuel (1900-1983), O Anjo Exterminador (1962) e O Discreto Charme da Burguesia (1972). (New York Times)
Aliás... Estreia no próximo dia 9 a refilmagem dirigida por Stephen Spielberg de West Side Story (trailer). A americana de ascendência colombiana Rachel Zegler vive a protagonista porto-riquenha Maria, interpretada pela eslava Natalie Wood (1938-1981) na versão original. E a porto-riquenha de verdade Rita Moreno, que ganhou o Oscar de Atriz Coadjuvante em 1961 como Anita, a melhor amiga de Maria, agora, aos 89 anos, é Valentina, dona da loja da esquina e distribuidora de bons conselhos.
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