Wladimyr Cruz, jornalista de música e fundador do site Zona Punk, é um nome bem conhecido no meio do Rock. e em sua carreira como cineasta tem homenageado grandes ícones da música pesada em longas documentais. No Santos Film Fest – Festival Internacional de Cinema de Santos, a retrospectiva do diretor contará com os curtas Dia de Feira (2018), Shatan (2019), Além dos longas Califórnia Brasileira e Headbanger Voice – A História da Rock Brigade, documentário da pioneira revista sobre heavy metal que teve sua avant-première no Santos Film Fest de 2017.
Nos anos 90, o jovem roqueiro Wlad começou a documentar o que acontecia no cenário underground de Santos. Os bares e casas de show da cidade eram pontos comuns para encontrar o jornalista, que começou então o fanzine Rebel Magazine, com resenhas, entrevistas e editoriais sobre a cena. Essa experiência levou Wladimyr a criar o Zona Punk, que hoje é um dos maiores portais de música independente do Brasil, com mais de 20 anos de história.
Em paralelo a isso, Wlad começou uma carreira como diretor de cinema, com destaques para filmes sobre a clássica banda de Santos Vulcano, a icônica casa noturna Madame Satã e sobre o cenário punk e hardcore da Baixada Santista com “Califórnia Brasileira – O Hardcore Punk em Santos de 1991 a 1999”, longa que relembra os dias de glória da musica independente e da formação de grandes nomes do cenário na cidade de Santos.
FILMOGRAFIA
Dia de Feira
Um grupo de senhoras que já deram novo lar a mais de 7600 animais na cidade de Santos, mostram como é o dia de uma feira de adoção, deixando bem claro os que vão, os que ficam, e o porquê.
Shatan
Roberta acaba de chegar na capital, e em um mundo de novidades, descobre seu gosto pelo BDSM, começando um processo de auto-descoberta e iniciação para uma entrega que vai muito além de seu corpo.
Headbanger Voice – A História da Rock Brigade
A Rock Brigade nasceu como um fã clube de heavy metal em 1981, e seu fanzine informativo se transformou na maior e mais importante publicação sobre música pesada do Brasil. O filme “Headbanger Voice” vem com a proposta de contar esta história. Com direção do jornalista Wladimyr Cruz – responsável por outros docs musicais como o da loja Woodstock, da casa Madame Satã, da banda Vulcano e do filme sobre a cena punk de Santos, “Califórnia Brasileira” – e do fotógrafo Marcelo Colmenero, o longa caminha através de entrevistas com os fundadores da revista, colaboradores e nomes importantes da cena metálica nacional apresentando a trajetória do fanzine que virou a revista de música com mais tempo em circulação no Brasil. Repassando causos e histórias sobre diversas edições da revista, o filme revisita as mais de 270 edições da publicação, sem esquecer de falar também da Rock Brigade Records -selo fonográfico ligado a publicação com mais de 500 lançamentos no mercado e em plena atividade até hoje, e a produção de bandas, shows e eventos sob tutela de seu editor original, Antônio Pirani, o Toninho Rock Brigade. Nos 130 minutos de video o público mergulha nas páginas da revista que escreveu – e ainda escreve – seja por website ou novas edições impressas pontuais – a história do heavy metal e da música pesada no Brasil.
Califórnia Brasileira
Nos anos 1990, devido a enorme quantidade de bandas independentes
em atividade, o grande público presente nos shows, e claro, a sua geografia, a cidade de Santos ganhou o apelido de “Califórnia
Brasileira”. Aprovado por uns, rechaçado por outros, o fato é que o apelido pegou e a importância do cenário local neste recorte histórico e
inegável. Em uma década, a ilha – sim, Santos fica em uma ilha – exportou nomes como Garage Fuzz, Safari Hamburguers, White Frogs, Sociedade Armada, The Bombers, Sonic Sex Panic, Blind e muito, muito mais. E importou em tempo real as principais tendências do hardcore e do punk americano, chegando ao ponto que tais estilos fossem a principal música jovem da cidade em meados da década de 1990, tudo isso aliado a muito surf e skate, claro. O documentário “Califórnia Brasileira” trata justamente deste período e fenômeno, apresentando pro Brasil as histórias e peculiaridades da cena local sob a visão e direção dos diretores Rodiney Assunção e Wladimyr Cruz (“Woodstock – Mais que uma loja”, “Uma nova onda de liberdade”), repetindo a parceria responsável pelo longa “Os Portais Do Inferno Se Abrem: A história do Vulcano”.
Em duas horas de filme, é possível uma viagem no tempo e uma
imersão em uma época que marcou a história da cidade e de pelo menos duas gerações de jovens que pautaram – e pautam – suas vidas na música e na ética punk. Com depoimentos e muitas imagens de arquivo, o longa retrata um pouco do que foi a produção musical e cultural do período e se propõem a registrar uma das muitas visões possíveis de um movimento plural e até hoje inspirador. “Califórnia Brasileira” é mais uma produção 100% independente, feita a partir de recursos próprios, sem apoio ou verbas pública ou privada, característica já conhecida da dupla de
diretores/realizadores.
em atividade, o grande público presente nos shows, e claro, a sua geografia, a cidade de Santos ganhou o apelido de “Califórnia
Brasileira”. Aprovado por uns, rechaçado por outros, o fato é que o apelido pegou e a importância do cenário local neste recorte histórico e
inegável. Em uma década, a ilha – sim, Santos fica em uma ilha – exportou nomes como Garage Fuzz, Safari Hamburguers, White Frogs, Sociedade Armada, The Bombers, Sonic Sex Panic, Blind e muito, muito mais. E importou em tempo real as principais tendências do hardcore e do punk americano, chegando ao ponto que tais estilos fossem a principal música jovem da cidade em meados da década de 1990, tudo isso aliado a muito surf e skate, claro. O documentário “Califórnia Brasileira” trata justamente deste período e fenômeno, apresentando pro Brasil as histórias e peculiaridades da cena local sob a visão e direção dos diretores Rodiney Assunção e Wladimyr Cruz (“Woodstock – Mais que uma loja”, “Uma nova onda de liberdade”), repetindo a parceria responsável pelo longa “Os Portais Do Inferno Se Abrem: A história do Vulcano”.
Em duas horas de filme, é possível uma viagem no tempo e uma
imersão em uma época que marcou a história da cidade e de pelo menos duas gerações de jovens que pautaram – e pautam – suas vidas na música e na ética punk. Com depoimentos e muitas imagens de arquivo, o longa retrata um pouco do que foi a produção musical e cultural do período e se propõem a registrar uma das muitas visões possíveis de um movimento plural e até hoje inspirador. “Califórnia Brasileira” é mais uma produção 100% independente, feita a partir de recursos próprios, sem apoio ou verbas pública ou privada, característica já conhecida da dupla de
diretores/realizadores.
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