sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Venceu e voce não leu


O romancista
 tanzaniano Abdulrazak Gurnah ganhou na manhã de ontem o Nobel de Literatura, o mais importante prêmio concedido a escritores em todo o mundo. De acordo com a Academia Sueca, Gurnah foi escolhido “por sua penetração intransigente e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino do refugiado no abismo entre culturas e continentes”. Ele nasceu em 1948 na Ilha de Zanzibar e migrou para a Inglaterra nos anos 1960 fugindo de perseguições religiosas. O drama dos refugiados e expatriados marca toda sua obra, que jamais foi editada no Brasil. (g1)

“Pensei que fosse trote.” Assim Gurnah reagiu ao telefonema da Academia Sueca informando da premiação. Ao comentar a explicação do prêmio, o autor disse não acreditar que o “abismo entre culturas” seja permanente. “As pessoas, é claro, estão se movendo em todo o mundo. Eu acho que esse fenômeno particular de pessoas da África vindo para a Europa é relativamente novo, mas é claro que o outro, de europeus fluindo para o mundo, não é nada novo”, explica. (Estadão)

Essa foi a quarta vez, em 120 anos, que uma pessoa negra venceu o Nobel de Literatura. Veja quem foram os outros. (Folha)

E mais uma vez o leitor (monoglota) brasileiro está privado de desfrutar da obra do vencedor do Nobel. Dos últimos dez premiados, quatro eram então inéditos por aqui. As editoras argumentam que autores mais badalados têm sido preteridos pela Academia, ao mesmo tempo em que o mercado brasileiro privilegia escritores de maior sucesso e que escrevem nativamente em inglês. (Globo)





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