Por Sharon Sevilha
4. DOIS - LEGIÃO URBANA
Este álbum me mostrou que o Brasil também era capaz de fazer rock and roll - e da melhor qualidade. Todas as músicas são hits e tocaram até cansar. O disco é lindo do começo ao fim, mas não é o meu preferido da banda: este mérito fica para o depressivo V (lê-se Quinto).
Conheci a Legião com seu single SERÁ. Era tudo o que eu queria dizer para todos que cercavam a minha adolescência:
"Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entender"
Tem coisa mais punk do que isto?
Aí vem o Dois com a minha música preferida, Andrea Doria. Pronto: era como se o Renato Russo falasse comigo, lesse minha alma. Com "Índios", a mesma coisa. E com Quase Sem Querer também. Foi com este disco que começou minha paixão platônica pelo Renato Russo - que dura até hoje and counting. É um disco atemporal.
5. STANDING ON A BEACH - THE CURE
Este foi o disco que abriu as portas para o rock gótico/dark. E dançante. Eu, menor de idade, "vezenquando" conseguia frequentar as boates da época, como o Latitude 2001 ou o Ácido Plástico - com muita maquiagem e RG falso, of course. E, acreditem, com autorização dos meus pais.
Graças a este disco, conheci os Smiths, o Echo and Bunnyman e a Siouxie and the Banshees, por exemplo. De todos, só tive a oportunidade de ver ao vivo o The Cure, por duas vezes. No Brasil, quem estourava na mesma época era o RPM, que eu também adorava. Que adolescente dos anos oitenta não foi apaixonada pelo Paulo Ricardo? Comprei uma capa preta com ombreiras, de segunda mão, bem parecida com a dele. Usei até ficar cinza.
Em tempo: vi o show do RPM nos anos oitenta e com o Estádio do Palmeiras lotado!
6. THE '59 SOUND - THE GASLIGHT ANTHEM
Agora a gente salta dos anos oitenta para 2013 ou 2014, não me lembro com certeza.
Quem me apresentou esta banda foi o meu irmão: "este disco me fez muita companhia, espero que te faça companhia também." E me deu um de presente na época certa. No surprises, sempre estivemos em sintonia E como fez companhia! À época, um dos meus gatos (importante deixar claro que meus animais são meus filhos, de verdade) estava muito doente e eu ouvia este álbum em loop. Mudou minha vida porque me mostrou que punk não é só aquela atitude agressiva: pode ser doce, pois ser punk é ser honesto, é não se vender, é cagar mole para quem dita regras. É ser você.
É ser você.
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