terça-feira, 5 de maio de 2020

CIRO PESSOA - UM TRIBUTO

Por Sharon Sevilha

Conheci os Titãs com o LP Cabeça Dinossauro, em 1985, através de uma rádio rock paulistana.  Nesta época, os Titãs eram oito e eu só viria ouvir falar de Ciro Pessoa um pouco depois, com o seu projeto na onda gótica,  Cabine C  que, infelizmente, não durou muito. 

Ciro Pessoa, ex-Titãs Foto: Reprodução

Não sei qual foi o gatilho que sua morte disparou, mas a notícia tirou toda a cor (péssimo trocadilho) do meu dia. Entre seus  hits com o Cabine C, Neste Deserto Pânico e Solidão, ainda são bem lembrado por que tem mais de quarenta anos.


Ciro ficou conhecido como o cara que juntou outros caras e fez os Titãs, mas ele também era cantor, compositor, roteirista, jornalista, guitarrista, poeta,  ativista e convertido ao budismo. Além dos Titãs - com quem ele nunca gravou nenhuma música, embora tenha composto hits como Homem Primata, Baby Índio, Toda Cor e Sonífera Ilha -   e do Cabine C, ele teve outros trabalhos menos conhecidos durante sua vida até seguir em carreira solo no ano de 2003, lançando No Meio da Chuva Eu Grito Help. Seu último projeto  foi  a banda (também formada por ele) Flying Chair



Há dois anos, o jornalista Wladimyr Cruz, vinha trabalhando com Ciro no documentário Quem é Ciro Pessoa?  a pedido do próprio Ciro. A ideia era lançar o documentário acompanhado de um álbum Greatest Hits e já estavam finalizando. 

Hoje, depois de  vencer a dependência química, o alcoolismo e de estar lutando contra um câncer, Ciro Pessoa, aos sessenta e dois anos, que nos encheu de luz e de toda cor, foi descansar seus olhos em sua sonífera ilha de Urubuqueçaba, vítima de COVID-19.

Ilha Urubuqueçaba | A ilha era conhecida também como Ilha da… | Flickr



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