Por Sharon Sevilha
Eduardo Alves da Costa, autor do poema já publicado na íntegra neste blog, NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI, é carioca, formou-se em Direito no Mackenzie e, nos anos sessenta, organizou o Teatro de Arena.
Seu Magnus Opus foi escrito como um manifesto contra a ditadura militar - também nos anos sessenta. Veja os versos mais conhecidos;
"Tu sabes,
conheces melhor do que eua velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Cazuza, também carioca, nasceu Agenor de Miranda Araújo Neto, vinte e dois anos depois de Eduardo. Ele dizia que detestava seu nome e que só passou a gostar de se chamar Agenor quando descobriu que um de seus ídolos, Cartola, também nasceu Agenor.
No fim dos anos oitenta, Cazuza escreveu uma canção que, guardadas as proporções, também criticava o governo - já democrático - da época: O TEMPO NÃO PÁRA.
Eduardo Alves (vivo) e Cazuza (falecido em julho de 1990), são imortais por suas obras e suas críticas. Ambas poderiam ter sido escritas hoje.
Já a canalha, meus amigos, todos a conhecem, infelizmente - menos o Aldir Blanc, sorte dele! - De "namoradinha do Brasil", ela escolheu ser a "fascistinha do Brasil". Como dizia o grande teatrólogo pernambucano Nelson Rodrigues, "os canalhas também envelhecem." Regina Duarte não é canalha agora, é desde sempre. Menospreza sua classe, menospreza as minorias e, sem nenhum caráter, tornou-se a "secretina" de cultura do momento. Abaixo, o risível pronunciamento de quando tomou posse so cargo.
Procure não se indignar, mas ela achou pouco. Ontem, em entrevista para a CNN, ela conseguiu se superar. O vídeo é do pessoal do Canal do YouTube Galãs Feios. Assista e, se gostar, inscreva-se no canal dos rapazes.
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