terça-feira, 5 de maio de 2020

O poeta Aldir Blanc



O poeta Aldir Blanc morreu ontem de Covid-19, no Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel, não longe de sua casa. As personagens de suas letras eram bêbados e amantes, prostitutas e gente comum, nelas havia sempre alguma melancolia mas também esperança. Cantada por Elis Regina, O Bêbado e o Equilibrista (Spotify) foi marco da abertura política. O Mestre-sala dos Mares (Spotify) virou samba clássico. Arnaldo Antunes lembrou de dois versos desta letra — Rubras cascatas / Jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatas, tão carregados de história e sensibilidade brasileira. “Quando morre o autor de um verso como esse, só nos resta chorar e reverenciar.”

Segundo Caetano Veloso, não é possível ser brasileiro sem se emocionar com Resposta ao Tempo na voz de Nana Caymmi (Spotify). O parceiro de toda vida, João Bosco, se emocionou e disse: “Não existe João sem Aldir”. Em inúmeras varandas do Rio, durante a noite, cariocas cantaram músicas suas. Aldir tinha 73 anos.

Assista: O Canal Brasil pôs no ar uma homenagem a Aldir.

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